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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A Geração da Dívida – por Pedro Faleiro Silva (AAS)

 

Aproxima-se mais um momento decisivo para o Sporting Clube de Portugal.

A medida ora apresentada no ponto 2 da convocatória da Assembleia Geral, já anteriormente chumbada em AG de 2008 não teve, obviamente, a resposta esperada por esta geração de dirigentes – A “Geração da Dívida”.

Foi a “Geração da Dívida” que catapultou o passivo do Sporting Clube de Portugal de 30 M€ para 370 M€! Um passivo alicerçado em constantes pedidos de confiança aos sócios, aos anónimos mas realmente notáveis, que foram, ano após ano, anuindo áqueles. Sempre em nome de uma futura equipa competitiva, mas também de um clube auto sustentável, sem passivo bancário, inovador. Tudo em nome da modernização...

Simultaneamente, àqueles que pomposamente surgem como “notáveis”, nada é pedido. Aos sportinguistas com peso na vida económica, social e política de Portugal, nada é exigido ainda que as suas responsabilidades sejam enormes! Não basta aparecer nos jornais ou nas "tribunas" quando o Sporting Clube de Portugal vence. É exigível o orgulho em serem sportinguistas e ajudarem, com a força da sua influência, o clube de todos nós. Seja pela via política ou económica. Seja Presidente de uma Câmara, seja Presidente de um Banco.

Recordamo-nos de, em 2005, ser aprovada a venda de património não desportivo como a panaceia para todos os problemas económicos do clube. Em nome de quê? De uma equipa mais competitiva. Hoje, propõe-se nova aspirina financeira com os mesmos argumentos. Gostaria de saber para quando a apresentação de um antibiótico de combate definitivo a este vírus.

José Eduardo Bettencourt, em campanha, dizia querer unir o clube e as várias sensibilidades. Então porque razão é submetida novamente a mesma proposta que já foi anteriormente chumbada pelos sócios, há cerca de um ano?

Como confiar na “Geração da Dívida” que nos empurrou para este enlameado financeiro, onde a dívida não é dúvida, mas sim certeza?

Como acreditar que a "Geração da Dívida", sendo responsável por tais desideratos é quem nos consegue retirar desta situação, quando, com periodicidade relativa, somos chamados a votar medidas sempre extremas e únicas para o futuro do clube?

Como analisar a próxima negociação de direitos televisivos quando temos Joaquim Oliveira como accionista da SAD e igualmente como principal interessado em adquirir aqueles?

O actual contrato termina a 2012/2013.

É esta falta de confiança não individualizada que, infelizmente, sinto que me leva a votar “Não”.

É esta falta de confiança na “Geração da Dívida” que me leva a crer ser crucial para o futuro do Sporting Clube de Portugal o aparecimento de uma nova geração – a “Geração da Responsabilização”.

Ontem, hoje, amanhã...mas sobretudo dia 13, pratiquem o Sportinguismo!

Pedro Faleiro Silva
Conselheiro Leonino e Presidente do Comité Executivo da Associação de Adeptos Sportinguistas

Fonte: http://www.aasporting.com/not_out09.html

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